04/07/2014

Como se Apaixonar em 40 Dias - 8º Capítulo (+18)


Depois da tarde bem passada na casa de meu pai, Joseph e eu saímos para jantar. Não foi um encontro e ambos concordámos com isso, mas foi legal. Agora é quase uma hora da manhã e eu ainda estou revirando na cama sem conseguir dormir. Bufei impaciente e levantei-me. Saí do quarto e parei na sala ao ver que Joseph também não dormia.
— Também não consegue dormir? — Perguntou sentando-se no sofá. Assenti à sua pergunta sem dizer uma palavra. Estava demasiado hipnotizada ao vê-lo em tronco nu. — Vem cá. — Pediu oferecendo sua mão
Senti-me envergonhada por aparecer à frente dele de calcinha e regata preta e tudo piorou quando ele me sentou em seu colo, de frente para ele. Joseph beijou minha testa e apreciou a forma como estava vestida. Não precisava que ele falasse para perceber isso. Bastava ver a forma como ele me olhava.
— Joseph.  — Chamei baixinho. Ouvi um “hum” dele enquanto beijava meu ombro e continuei. — Se eu quisesse transar com você neste preciso momento, estaria sendo uma vadia? — Perguntei ouvindo-o rir.
— Não acho que estaria sendo uma vadia. — Respondeu.
— Ainda não fez uma semana que terminei com Travis. — Falei ouvindo-o suspirar.
— Você se arrepende de ter terminado com ele?
— Não.
— Tem sentimentos por ele? Sente a falta dele? — Hesitei em responder, mas fi-lo assim que a certeza me veio em mente.
— Não.
— Então não tem motivo para se sentir culpada, ou uma vadia. Você é livre de fazer o que bem entender. E não estou dizendo isso só porque quero transar com você também. — Falou divertido. Ri e beijei sua bochecha de forma carinhosa.
— Acho que você já dormiu nesse sofá o suficiente né?
— Super concordo. — Falou sem hesitar.
Gargalhei quando ele se levantou comigo em seu colo e gargalhei mais ainda quando ele tropeçou na mesa de centro. Puxei-o para um beijo enquanto ele nos levava para a cozinha e interrompi o beijo com uma risada.
— Lado esquerdo. Aí é a cozinha. De novo Jonas.
— Me desculpa se não conheço os cantos da casa de olhos fechados. — Ironizou.
— Está desculpado. Agora me beija logo. — Falei vendo-o sorrir.
Senti seus lábios nos meus e gemi quando ele nos chocou contra a parede. Tateei o espaço à nossa volta e senti o batente da porta. Arrastei-nos para dentro do quarto e fechei a porta sem necessidade. Suspirei quando ele me atirou na cama e entrelacei minhas mãos em seus cabelos quando ele caiu sobre mim. Porra, eu podia evitar tudo aquilo se soubesse que iria me arrepender, mas eu sei que não vou. Eu queria aquilo. Nunca nos meus anos de independente tinha tido alguma transa casual. Era Valentina a rainha das transas sem compromisso e eu sempre achei uma abominação entregar o meu corpo a alguém que eu desconheço. Ela sempre me tinha tentado explicar que era gostoso e que eu não tinha nada a perder, mas eu nunca entendi realmente. Bem, agora tinha a oportunidade de fazê-lo e não era com um total desconhecido.
Mandei qualquer tipo de pensamento racional para o ar e revirei na cama, ficando por cima de Joseph.  Sussurrei seu nome em seu ouvido e pressionei-o com meu corpo. Ouvi-o gemer e sorri maliciosamente enquanto os olhos castanhos dele me analisavam.
— Você é muito gostosa. — Disse com a respiração ofegante. Sorri com o “elogio” e senti que ele me virava de volta à posição anterior.
Senti suas mãos puxarem minha regata pela cabeça e elevei meu tronco para facilitar a remoção da peça. Ouvi um gemido rouco e puxei-o para um beijo violento. Sua língua invadiu minha boca e sorri ao ver que ele se atrapalhava com a calça moletom que usava. Levei minhas mãos até ao cós da calça e empurrei-a para baixo com a boxer Calvin Klein preta que ele usava. Aproveitei para dar um senhor apertão em sua bunda volumosa e ri brevemente ao sentir seus dentes em meu ombro. Aquela transa não ia durar eternamente. O fogo que se espalhava pelo meu ventre e o membro rígido que se pressionava contra mim fazia-me perceber que tudo o que eu queria agora era que ele me possuí-se. Não precisávamos de mordomias, mas sim de sexo!
— Joseph! — Gemi quando senti seus dedos deslizando por minha barriga reta. Sua calça e sua boxer já tinham voado para algum lugar e agora só restava a minha calcinha que não demoraria a ir pelo mesmo caminho.
— Shh! Me deixa aproveitar como imaginei. — Falou me surpreendendo.
— Você imaginou? — Perguntei sem acreditar na safadisse dele.
— Desde que te pus os olhos em cima. Eu apenas sou cavalheiro o suficiente para me conter.
— Não foi isso que aconteceu com a minha chefe. — Retruquei vendo-o puxar minha calcinha. Ouvi-o rir e senti seus lábios em minha coxa direita.
— Tesão acumulado.
Ri novamente, mas não respondi. Em vez disso contorci-me nos lençóis brancos ao sentir os lábios dele queimarem a pele de minha virilha. Ele não faria. Faria?
— Joseph. — Chamei num tom de aviso. Tão rápido ele separava meus joelhos, tão rápido seus lábios estavam nos meus novamente.
— Eu não sei o que o broxa do Travis fazia com você, mas eu quero fazer de tudo. — Olhei-o assustada e recebi um novo beijo. — Não de tudo. Mas você está em minhas mãos hoje, me deixe aproveitar do meu jeito. — Falou me invadindo com um dedo. Fui apanhada de surpresa e gemi satisfeita enquanto me contorcia.
— Não contesto. — Falei mordendo o lábio inferior.
Joseph riu, provavelmente ao perceber que eu estava mais que excitada, e distribuiu beijos por todo o meu corpo, descendo novamente. Mordi meu dedo ao sentir que ele fazia movimentos lentos com um dedo dentro de mim e rebolei mostrando que queria mais do que aquilo. Senti seus lábios sugarem o interior de minha coxa e arrepiei ao sentir sua respiração em toda a minha intimidade. Não demorei a sentir sua língua percorrendo pontos sensíveis que eu mesma desconhecia e deixei escapar um gemido alto quando ele me sugou. Certo, eu nunca tinha feito aquilo com Travis e mesmo que ele não tivesse sido o meu único namorado, agora percebia que tinha passado mais tempo a satisfazê-los do que eles a mim. Que tipo de mulher era eu se não conhecia aquilo? Deus, eu estava nas nuvens. Já não conseguia controlar os movimentos do meu quadril. Eu queria mais e estava perdendo o controle.
Quando senti que todos os meus músculos se contraiam, senti que Joseph pressionava mais seus lábios e sua língua  Não demorei a explodir num gozo intenso que fazia minha mente rodopiar. Meu corpo ainda estremecia quando me apercebi que Joseph iria se afastar. Como uma reação automática  entendi o que ele pretendia e estendi minha mão à primeira gaveta da mesa de cabeceira. Enquanto ele beijava meu corpo, abri o pacote da camisinha com os dentes e retirei-a com cuidado.
— Demi. — Ouvi-o sussurrar enquanto mordia meu lóbulo.
Segurei seu membro e senti como era duro e grande. Certo, aquilo iria causar estrago, mas eu não estava nem aí para isso. Deslizei a camisinha e puxei-o pela bunda. Juntei meus lábios aos dele e gemi em sua boca quando ele me invadiu, começando a movimentar-se lentamente. Minha respiração estava ofegante e meu corpo já suava. Mal tínhamos começado! Num movimento rápido fiz com que ele ficasse deitado na cama e sentei-me sobre ele. Comecei a cavalgá-lo ao meu ritmo e sorri satisfeita ao ver sua expressão de prazer. Nunca imaginei que me pudesse sentir tão satisfeita e tão poderosa ao mesmo tempo. Eu não tinha qualquer outro tipo de sentimento por Joseph a não ser amizade e pura atração física  Sabia que ele sentia o mesmo. Ele dissera-o. E eu não negara.
Gemi quando senti as mãos de Joseph em minha bunda e sorri quando ele se sentou e abocanhou um de meus seios. Levei minhas mãos até sua nuca totalmente molhada de suor e beijei seu pescoço enquanto me movimentava sobre ele. O mundo podia estar acabando naquele momento e eu morreria fodidamente feliz. Gargalhei quando Joseph nos virou de novo na cama e senti minha respiração falhar quando o senti bater fundo em mim. Se ele continuasse daquela forma eu chegaria ao clímax num piscar de olhos. Senti seus lábios mordiscarem os meus e arranhei suas costas quando percebi que não conseguia mais segurar.
— Joseph! — Gemi segurando seu rosto.
Sua testa se encostou na minha e a velocidade de suas investidas aumentou. Gritei em seus lábios e arqueei meu corpo quando ambos atingimos o ápice. Ofeguei exausta e recebi o peso de seu corpo em cima do meu. Qualquer mulher frescurenta reclamaria do peso dele sobre si, mas depois de uma transa destas, eu não queria mais soltá-lo. Puta merda!
— Você está bem? — Ouvi-o perguntar baixinho enquanto se retirava de mim e se apoiava nos cotovelos para me olhar. Mantive os olhos fechados e assenti com um sorriso.
— Eu não sinto minhas pernas. — Falei rindo. Ouvi-o rir e senti delicados beijos por meu rosto suado.
— Eu realmente quero um banho com você agora.
— Sim. — Concordei sem me mover.
Abri os olhos e vi Joseph sair de cima de mim e caminhar para fora do quarto. Ouvi a água do banheiro ser aberta e sentei-me na cama enquanto ajeitava o meu cabelo pós-foda. Certo, isso não soou bem. Mas quem se importa? Eu me importo. Não quero ser uma “foda” na lista do Jonas. Preparei-me para sair da cama, mas antes que o fizesse Joseph apareceu no quarto lindo como veio ao mundo e me pegou no colo, me levando pelo ombro. Gritei, gargalhei e esperneei para que ele me colocasse no chão, mas só recebi um não como resposta. Dei um tapa em sua bunda gostosa e recebi um duas vezes mais forte.
— Porra Jonas! — Reclamei ouvindo-o rir. — Cuidado da próxima vez sim? — Ele colocou-me no chão e o sorriso idiota estava lá.
— Opa, vai haver próxima vez. Que bom pra mim. — Falou sorrindo como uma criança.
— Vou pensar no seu caso. — Falei entrando no box com ele me seguindo. Senti meus músculos relaxarem ao sentir a água quente bater contra a minha pele e fiquei envergonhada ao sentir que Joseph me abraçava por trás.
— Demi? — Chamou rindo. — Não acredito! — Falou gargalhando.
— Qual é! O banho é algo intimo. — Falei em minha defesa. Ele virou-me de frente para ele e me puxou para um curto beijo.
— Eu sei. — Concordou. — Mas você fica muito fofa quando fica envergonhada. — Falou mordendo minha bochecha. — E eu estou aliviado por ainda não me ter expulsado daqui.
— Idiota! — Falei rindo.
— Eu sei. — Concordou.
Sorri e me banhei tentando ignorar o Adão ao meu lado. No meio de provocações e beijos roubados, consegui sair do banho primeiro que ele e enrolei-me na primeira toalha branca que encontrei. Confirmei que restaria pelo menos uma para ele e caminhei até ao quarto. Peguei uma t-shirt velha, uma calcinha e umas meias de inverno que iam até ao cimo do joelho. Tirei os lençóis da cama e deixei-os na lavandaria. Peguei uns lavados e voltei ao quarto onde Joseph já se encontrava vestido. Isto é, uma regata branca e uma calça moletom cinza. Agradeci a ajuda dele para mudar os lençóis e rapidamente fui puxada por ele de volta à cama. Mesmo me sentindo cansada, o sono não vinha. Joseph pareceu perceber isso porque beijou minha testa num gesto carinhoso e entrelaçou nossas mãos.
— Sabe, isso são gestos de namorados apaixonados. — Avisei quando ele se sentou na cama e me fez ficar por cima dele. Vi-o sorrir e negar.
— Não Demi. São gestos de uma pessoa que se importa com você. — Fiquei muda com essas palavras, mas sorri enquanto brincava em seu peitoral. — Você se arrepende? — Perguntou se referindo ao que tínhamos feito.
— Não. Se tivesse uma pequena dúvida de que poderia me arrepender, não o tinha feito. Você sabe como sou. — Falei.
— Para falar a verdade não sei, mas quero muito saber. — Disse me surpreendendo.
— Você sabe mais de mim do que eu já tentei perceber de você Joseph. — Falei esperando chegar a algum lado. Ele sorriu e me olhou em concordância.
— Certo, senhora curiosa. — Falou hesitando. Percebi que ele contaria mais dele e esperei ansiosa. — Esta guerra que eu tenho com os meus pais começou quando eu tinha quinze anos.
— Quinze anos? — Perguntei surpresa.
— Sim. — Disse brincando com meu cabelo. — Eu nunca fui um adolescente rebelde, mas tinha as minhas crises. Isso até que me apaixonei. Ou assim pensei. — Corrigiu rindo. Sorri mostrando o meu interesse na história e ele continuou. — O nome dela era Sophia. Era loira, tinha os olhos verdes e era linda. Era uma menina  Ou princesinha como todos diziam. Ela era gentil e no colégio era adorada por todos. Não conhecia ninguém que não gostasse dela e não havia ninguém que pudesse admirá-la mais que eu. Tive a sorte de ser correspondido e não demorou muito para que a gente começasse a namorar.
— E o que aconteceu? — Perguntei sentindo-o afagar minha bochecha.
— Eu apresentei-a para meus pais que foram muito bem educados. Afinal, não podiam estragar sua imagem. — Falou com ironia. — Meses depois, quando eu já tinha feito dezasseis e já tinha perdido a virgindade com Sophia, meu pai chamou-me no escritório dele e apresentou-me outra garota. Uma tal de Elizabeth. A garota era de boa família e era bonita, mas eu gostava de Sophia e ela não me chamava a atenção. Meu pai fez de tudo para que eu deixasse Sophia e namorasse Elizabeth. Era algo bom para os negócios da família, mas eu recusei. Cheguei a sair de casa por pouco mais de uma semana quando as discussões se tornaram mais frequentes. Até que Sophia se mudou para a Austrália e nunca mais me ligou. Não a culpo, afinal, éramos menores de idade e eu acabei por superá-la mais facilmente do que achei. Foi uma coisa de adolescente sabe? Algo que não dura. — Assenti em sinal de compreensão.
— E você namorou essa Elizabeth? — Perguntei vendo-o rir maliciosamente.
— Oh se namorei. E mais umas quantas ao mesmo tempo. — Ri da safadisse dele e percebi que ali tinham começado os seus verdadeiros problemas. — Os meus pais sempre se preocuparam mais com o trabalho e as aparências do que com o que eu desejava, então comecei a infernizá-los de forma que eles me escutassem. Foi aí que começaram as festas, os luxos e as garotas. O tempo passou e quando entrei na faculdade de medicina já era popular o suficiente para fazer todo mundo ir a uma festa no sábado e faltar na segunda-feira seguinte por não se terem recuperado da ressaca. Ao longo do tempo fiz amigos verdadeiros com quem eu sei que posso contar e os rapazes que você viu aqui na outra noite são alguns deles.
— Então tudo o que você faz para deixar seus pais mal, é apenas porque eles fizeram aquilo quando você tinha quinze anos? — Perguntei. Eu sabia que era um argumento válido, mas não era o suficiente para me fazer acreditar que ele podia estar certo.
— Não, isso foi uma das coisas Demi. Há pessoas que não têm opção de escolha para o que farão pelo resto da vida. Eles podem ter sonhos, mas têm que se limitar àquilo que têm. Bem, eu tenho sonhos e medicina definitivamente não é um deles.
— Qual é o seu sonho Joseph Jonas? — Perguntei sorridente.
— Carros.
— O quê? — Perguntei confusa.
— Carros. Desde pequeno eu via máquinas correndo. Meu avô me levava a corridas e meu tio fez o mesmo depois que ele se aposentou. Adoro o cheiro a óleo e adoro construir ou arranjar carros. O meu sonho é trabalhar em mecânica Demetria. — Olhei-o atónita e ri enquanto via o sorriso bobo que ele tinha no rosto. — Agora imagine quando eu disse aos meus pais que queria seguir mecânica e não medicina. — Disse gargalhando. Ri mais ainda por sua risada contagiante e em seguida parei por um segundo. Agora as coisas começavam a fazer sentido.
— Você odeia o meu carro não é? — Perguntei vendo-o rir de novo.
— Me desculpa, mas não sei como ele ainda não se suicidou. Eu não estava brincando quando disse que você precisava de um novo.
— Mas eu não posso bancar um novo Joseph. Se você não se lembra, eu não sou uma menina rica. — Falei sentindo os olhos dele sobre mim.
— Eu posso cuidar disso por você. — Falou dando de ombros. Arregalei os olhos ao entender o significado de suas palavras e neguei prontamente.
— Nem pensar Joseph. Você é louco.
— Até sou bastante inteligente. — Falou convencido. Ri da cara de pau que ele tinha e senti-o puxar-me pela nuca para um beijo. — Eu sei que você é demasiado orgulhosa, mas — Deu-me mais um beijo.
— Mas?
— Nada, não é importante.
— De certeza? — Perguntei mesmo sabendo que ele não falaria.
— De certeza. — Respondeu me puxando para outro beijo. Correspondi e vi-o sorrir.
— Porque você não tenta falar com seus pais?
— Hum, e o que eu diria? Desculpe mamãe e papai, estou muito arrependido por tudo o que fiz. Você sabe que eu estaria mentindo Demi.
— Eu sei, mas...
— Escuta, não vale a pena o esforço. Eu sei que você ainda não entende, mas sei que vai entender.
— Você é misterioso Jonas. — Falei beijando seu peitoral.
— E gostoso.
— E convencido.
— Que nada!
Ri do tamanho do ego dele e deitei a minha cabeça no seu peito enquanto o sentia acariciar meu cabelo. Certo, eu agora entendia o porquê dele fazer as cenas que faz em frente aos pais, mas ele podia tentar agir de outro modo, não? Talvez ele ganhasse mais, ou...
— Hei. — Olhei-o e vi-o negar. — Não tente entender tudo de uma vez está bem? — Hesitei antes de concordar e recebi um beijo na testa.
Joseph ainda era aquele garoto mimado, mas isso não me incomodava mais. Não por ter transado com ele, mas sim por ter conhecido mais dele. Afinal eu estava certa. Joseph valia a pena.

2 comentários: